Quem nunca ouviu a máxima “Mulher é tudo igual”? Pois bem, acontece que a vida me ensinou que não é bem assim. Cresci em um ambiente cercado por mulheres, uma mais complicada que outra. Há quem olhe para uma mulher e diga: “Ela é uma santa!”, já outras são consideradas verdadeiras bruxas, contudo, a verdade é que como todos os seres humanos, uma mulher pode ter os dois lados, o mais interessante não é essa constatação, mas, sim, o fato que elas transitam de um extremo ao outro em questão de segundos.
Acontece que toda vez que se decide rotular uma mulher sob a luz do estereótipo de que “são todas iguais, só mudam de endereço” quebra-se a cara. As mulheres nos são apresentadas em diferentes frascos e aromas. Assim como os perfumes, em cada uma encontramos sua essência. Dizer que a “mulher é o sexo frágil” é mais um dos equívocos cometidos pelos sexistas de plantão. Ao longo da história, o tal “sexo frágil” mostrou-se extremamente forte, assumindo o papel de mãe, guardiã, amiga, filha, irmã, médica terapeuta, professora, cozinheira, dona de casa e, até mesmo, de pai. Minha mãe é uma imagem clássica da mulher contemporânea, ela é um mix de várias profissões.
Cá entre nós: “Ô coisinha é a mulher!” Tive uma namorada que me fazia pirar por bobagens. Quando ela estava de TPM, até se eu respirasse alto era motivo de uma discursão. É verdade, até meus amigos reclamavam. Mulher sempre acha um motivo para um duelo. Um detalhe que não passa despercebido é quando elas fazem perguntas e acabam se irritando com a própria resposta.
Outro dia, uma amiga me disse que precisava de um terapeuta, pois em determinados dias nem ela mesmo se entendia. Imagine só! Como podemos, então, ter a pretensão de entendê-las?
Apesar disso tudo, a verdade é que, por mais que a mulher seja complicada (acho que a palavra complexa se enquadra melhor em alguns casos), não vivemos sem elas. É certo que piramos quando nos pedem só mais cinco minutinhos para se arrumar ou quando nos dizem que não querem fazer sexo porque estão com dor de cabeça. A verdade é que parecemos peru de Natal, porque morremos na véspera, só de pensar que no dia da TPM elas vão buscar coisas do século passado para jogarem em nossas caras.
No entanto, a grande questão é: o que seria de nós sem as mulheres? Já imaginou se todas pensassem igualmente? Ufa! Ainda bem que nem todas são uma avalanche de sentimentos e emoções. Ou são?
Imagem/Pexels