“Existe um só sucesso: ser capaz de viver a sua vida do seu próprio jeito”. Essa foi a frase escrita por Christopher Moríey, que tanto me inspira.
“Arte não dá dinheiro!”, “Escrever não é um trabalho!”, “Você tem que conseguir um emprego estável”, foi tudo que ouvi antes de seguir meu caminho como cronista. Quando eu ainda era adolescente, minha mãe queria que eu fosse advogado, depois queria que eu fosse enfermeiro, e, ao longo do ensino médio, ela foi me oferecendo outras opções que me identificassem e que me rendessem algum dinheiro futuramente. Mas quem me conhece, sabe que eu não sou de seguir o protocolo.
Próximo de terminar o colegial, meus colegas sabiam o curso que queriam fazer. Eu não. Alguns também estavam meio perdidos assim como eu, mas optaram por escolher algum curso que era modinha na época. Não cedi à pressão da patrulha, fazendo o que eles queriam que eu fizesse e não o que eu ambicionava.
O que eu queria eu não sabia, mas o que eu não queria, definitivamente, eu sabia. Mesmo com medo, segui adiante. Mesmo com anseios de tudo dar errado, eu ouvi a minha própria voz. Decidi superar todos os meus medos e as minhas vergonhas. Decidi lutar pelos meus sonhos e objetivos. Em troca disso, o universo conspirou ao meu favor. Decidi não viver engaiolado, não tendo sempre que seguir padrões, não me encaixando em normas predeterminadas, como se fôssemos todos iguais. Percorri meu próprio caminho, e, é claro, que durante esse trajeto tive muitos obstáculos e desafios, mas segui. Aprendi a importância de não trilhar a mesma rota de todos, e viver padrões estabelecidos pela grande maioria. Aprendi, com o tempo, que é importante se sobressair num mundo onde todos parecem iguais.
Sempre escrevi, desde criança. Escrever tornou-se uma necessidade, uma profissão, uma terapia. Pela minha saúde mental e pela minha felicidade, resolvi buscar o que faz o meu coração ferver. Sei que abandonar um curso é a maior estupidez para muita gente ou o sonho de muita gente, mas não era meu sonho. Jamais devemos ir por caminhos contrários ao nosso coração, pois, quando fazemos isso, deixamos de ser nós mesmos para sermos produtos das vontades alheias.
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